Maracarthu Virgílio (parti 1)

        01
O Brasil vem se sentindo
Agredido e ultrajado
Em função da pajelança
Que se instalou no Senado,
Com mil escândalos profundos
Onde se vê sugismundos
Criticando o mal lavado.
02
Já está passando de um mês
De trocas de acusações.
Cretinos criticam crápulas,
Capôs pré-julgam ladrões...
Cafajestes e canalhas
Vão se enroscando nas malhas
Das suas próprias prisões.
03
Longe de mim, defender
Sarney, destes Catilinas,
Que extirpam os ventres das
Suas próprias ‘agripinas’,
Já que engatam as próprias rés,
E atiram nos próprios pés
Pisando as próprias propinas!
04
É o caso de Virgílio,
Esse espírito de urubu,
Vaca louca de presépio,
Bibelô, “Maraca(r)tú”
Cadente estrela sem brilho
Que, igual ao próprio filho,
É um reizinho que anda nu.
05
Esse príncipe do apito,
Corneta, chocalho e bombo
Quanto mais atira
em outros
Mais
provoca o próprio tombo;
Quanto mais fala besteira
Mais o cipó de aroeira
Volta-se pra o próprio lombo.
06
Ultimamente, por que
Não conseguiu um emprego
Para a esposa do amigo
Fez grande desassossego...
‘Rebucetê’ temerário
Fazendo em pleno plenário
Mil sessões de descarrego...
07
Ele saiu atirando
Contra tudo e contra todos
E quanto mais ele expôs
Dos outros, lamas e lodos,
Mais apareceram as suas
Trambiqueiras falcatruas
E os seus pecados e engodos.
08
E ninguém venha dizer
Que o bizarro senador
Faz esse salseiro todo
Com fim moralizador,
Mas porque Agaciel
Tirou a taça de mel
Do seu lábio usurpador
09
Na verdade, na verdade
Já prevalece outra tese
Que diz que todo este ‘auê’
É bom que se meça e pese
Que é só porque sua Aspone
De nome Vânia Maione
Viajou na maionese...
10
Maione, pra quem não sabe,
É a esposa de Homero
Aquele que Arthur Virgílio
Quando solta o lero-lero
Diz nas conversas mais tontas
Que é ele quem paga as contas
Do seu cartão saldo zero!
11
Vânia era quem dirigia
Um tal de ILB
Instituto Legislativo
Brasileiro (não sei quê)...
Uma dessas sinecuras
Que sempre abrigam figuras
Do tal PSDEMB.
12
Como aquela que engordava
A Luciana Cardoso,
A filha de FHC
Que tinha um cheque pomposo
Na sombra de Heráclito Fortes
Só para cuidar dos cortes
Do seu cabelo charmoso.
13
Esse mesmo Arthur que diz
Que quer o Brasil nos trilhos
Emprega em seu gabinete
O maridão e três filhos
De Vânia Maione que
No tal do ILB
Engordava os seus novilhos.
14
E como se não bastasse
Ter essa “Grande Família”
Mamando nas tetas públicas,
Nem todos vivem em Brasília...
Um deles vive
em Paris
Pois
pra os dele, já se diz:
Virgílio não quer vigília!
15
Carlos Alberto de Andrade
Nina Neto é o rapaz
Que o senador moralista
Liberou tempos atrás
Para estudar
em Paris
E
esse crápula infeliz
Diz que é direito demais.
16
Nina Neto ficou lá
Entre estudo e curtição
Quatro mil euros por mês
Engordando seu saldão;
O pimpolho se formando
E a sua conta pesando
No erário da nação!





Crispiniano Neto é poeta

Comentários