Deputados Comunistas defendem salário mínimo de R$580

Membro da Comissão Mista do Orçamento, o deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ) apresentou emenda à Lei Orçamentária em discussão na Câmara para aumento do salário mínimo de R$580 reais a partir de janeiro de 2011. A proposta é defendida por centrais sindicais como CTB e Força Sindical e será negociada com a presidente eleita Dilma Rousseff.  A proposta foi defendida pela líder do Partido na Câmara, deputada Vanessa Grazziotin (AM), em discurso no Plenário nesta terça-feira (9).

Para Edmilson, a política de valorização do salário mínimo deve ser mantida para ajudar no fortalecimento do mercado interno. “Com maior poder de consumo, trabalhadores e trabalhadoras contribuem com o crescimento do país, estimulando assim, o setor produtivo”, argumentou.




Atualmente, o salário mínimo é reajustado baseado na correção da inflação mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de dois anos atrás. Como em 2009 houve retração de 0,2%, a correção seria apenas sobre a inflação. Sendo assim, o governo enviou proposta ao Congresso Nacional de salário mínimo no valor de R$538,15.


Vanessa Grazziotin, em discurso no Plenário, destacou que a votação do Orçamento, “que é uma votação sempre muito importante, neste ano ele adquire uma importância ainda maior, porque, pelo que tudo indica, será através da votação do Orçamento da União para 2011, que nós deveremos definir o valor do salário mínimo.”


Ela defendeu a proposta do colega de Partido, destacando que “a bancada do PCdoB se soma às centrais sindicais e defende, com muita força, que o aumento do salário mínimo deva ser pelo menos 580 reais. Lutaremos e trabalharemos para que isso aconteça.”


Vanessa Grazziotin enfatizou o argumento já usado por Valentim, de que o salário mínimo teve, durante os oito anos do Presidente Lula, seu valor recuperado — não totalmente, mas o início de uma política de recuperação das perdas do salário mínimo.



E que grande parte do sucesso obtido pelo Governo, pela candidata Dilma Rousseff, eleita a primeira mulher Presidente do Brasil, se deve à política de inclusão social levada a cabo pelo Governo do Presidente Lula. 



“Uma política que visa não apenas à assistência, mas à inclusão através da valorização do trabalho e da recuperação do poder de compra dos trabalhadores”, afirmou.


De Brasília

Márcia Xavier

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