José Reinaldo: Dilma desmascara análises catastróficas da mídia


"Dilma bateu duro e respondeu aos que incessantemente fizeram a política do contra". Esse foi o tom dado pelo editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, em mais uma reflexão no programa Ponto de Vista, após pronunciamento nacional da presidenta Dilma Rousseff.


Outro fator abordado por Reinaldo, que também é secretário de Comunicação do PCdoB, foi o anúncio das centrais sindicais sobre sua agenda de mobilização em 2013, especialmente sobre a marcha que as entidades realizarão em 6 de março para pedir a votação, na Câmara dos Deputados, do projeto que prevê o fim do Fator Previdenciário.

Dilma confirma compromisso com as mudanças
Para o dirigente, a presidenta Dilma Rousseff tomou a iniciativa política, quebrou o silêncio e começou a romper o cerco de desinformação e mentiras armado pela mídia e os partidos conservadores e neoliberais. Segundo ele, ela partiu para a ofensiva política e deu um recado claro, ao chamar a nação se unir em torno do programa de mudanças que a elegeu e do projeto nacional de desenvolvimento. 

"Em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, na noite de quarta-feira (23), a presidenta desfez os boatos e desmascarou as análises catastrofistas abundantes nos meios de comunicação sobre a suposta crise energética do Brasil, a qual seria, sempre segundo a ótica desses meios, fruto da desídia e da incompetência do governo. Mais importante ainda, com dados técnicos irrefutáveis e a segurança de quem domina o assunto e tem autoridade política para encaminhar as melhores soluções para os problemas nacionais, descartou em absoluto a hipótese de estrangulamento no abastecimento elétrico e de racionamento. O que já estava claro para a população foi reafirmado: a era dos apagões, característica do período das trevas do governo conservador e neoliberal de FHC, ficou definitivamente para trás", disparou.

Quem ganha é o brasileiro

Ele afirma que ao tomar este posicionamento, a presidenta coloca em prática uma medida de forte impacto social: já a partir desta quinta-feira (24), a conta de luz dos brasileiros terá uma redução de 18% para as residências e de até 32% para as indústrias, agricultura, comércio e serviços, uma redução maior do que a anunciada em setembro do ano passado.

“É a primeira vez que isso ocorre no Brasil, mas não é a primeira vez que o nosso governo toma medidas para baixar o custo, ampliar o investimento, aumentar o emprego e garantir mais crescimento para o país e bem-estar para os brasileiros. Temos baixado juros, reduzido impostos, facilitado o crédito e aberto, como nunca, as portas da casa própria para os pobres e para a classe média”, afirmou, citando a presidenta Dilma. 

Segudo ele, a crítica aos pregoeiros do apagão foi severa: “Surpreende que algumas pessoas, por precipitação, desinformação ou outro motivo, tenham feito previsões sem fundamento quando os níveis dos reservatórios baixaram e as térmicas foram normalmente acionadas. Como era de se esperar, essas previsões fracassaram, o Brasil não deixou de produzir um único quilowatt que precisava. E agora, com a volta das chuvas, as térmicas voltarão a ser menos exigidas”, explicou.

Aumento do emprego e redução da pobreza

Ele lembra que a mandatária ampliou a sua crítica àqueles que insistem em não admitir que o governo está fazendo esforços para transitar rumo a uma nova orientação econômica, malgrado as dificuldades. Ela bateu duro naqueles que, segundo ela, “são sempre do contra”, e não acreditavam que o governo conseguiria baixar os juros, aumentar o nível de emprego e reduzir a pobreza.

Mobilização das Centrais para 2013

O outro fato positivo, também na quarta-feira (23), foi a confirmação pelas centrais sindicais da realização de uma grande marcha a Brasília no dia 6 de março, com o propósito de entregar ao governo uma pauta de reivindicações, baseada na Agenda da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).

Reinaldo pontua que a intenção dos sindicalistas é entregar essa pauta diretamente à presidenta Dilma Rousseff. Os representantes das centrais entendem que a data é pertinente, pelo fato de coincidir com as semanas iniciais dos trabalhos da Câmara Federal em 2013. 

Além disso, ele aponta que entre os dias 4 e 8 de março a cidade de Brasília também abrigará o 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), entidade que poderá contribuir de maneira determinante para o sucesso da marcha.

"A iniciativa reveste-se de enorme importância. Nada mais necessário no país para fazer deslanchar a luta pelo desenvolvimento nacional com valorização do trabalho e justiça social, do que a mobilização e a luta organizada dos trabalhadores da cidade e do campo. Ainda há grandes empecilhos impostos pelas classes dominantes à execução da agenda dos trabalhadores. O governo precisa se abrir às reivindicações trabalhistas e dar livre curso ao atendimento das justas demandas das classes trabalhadoras. A pauta dos trabalhadores contém como pontos principais o fim do Fator Previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários, a destinação 10% do PIB para a Educação e 10% do PIB para a Saúde, a reforma agrária, a valorização das aposentadorias, a ratificação das convenções 151 e 158 da OIT e a realização de efetivas mudanças na política macroeconômica", acentua o dirigente.

Este é o caminho

Reinaldo finaliza afirmando que "a unidade em torno das propostas democráticas e desenvolvimentistas do governo e a mobilização e luta sociais dos trabalhadores, o mais importante sujeito político e social do país, a classe capaz de ver o desenvolvimento com perspectiva de futuro e reais possibilidades de mudanças sociais, para que o Brasil se transforme não só num país desenvolvido, mas também num país socialmente justo e progressista".

Ouça o Ponto de Vista na Rádio Vermelho:

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