Categoria ficou sem emprego após o fechamento do lixão. De acordo com a Prefeitura, eles devem atuar na coleta seletiva de lixo.
Após o fechamento do lixão do Aurá, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, muitos catadores ficaram sem trabalho e reclamam da falta de emprego nas cooperativas, que seriam criadas para acolher os trabalhadores. De acordo com a Prefeitura de Belém, esta semana começou a capacitação de um grupo de catadores que trabalhavam no lixão e agora devem atuar na coleta seletiva nos bairros.
O lixão foi fechado há cerca de um mês, depois de uma determinação imposta pela Lei Nacional de Resíduos Sólidos. O espaço representava um risco para a saúde pública e bacia hidrográfica da região, pois já tinha esgotado a capacidade de receber lixo. O solo estava contaminado e um aterro sanitário foi criado em Marituba, na Grande Belém.
A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) realizou o cadastramento dos catadores do Aurá para que eles pudessem trabalhar em cooperativas de coletas seletivas, mas ele afirmam que ninguém foi empregado. ”As pessoas foram largadas e as famílias não tem como se sustentar e alimentar. Quando nós trabalhávamos, não pedíamos nada porque tínhamos como nos manter. Agora não temos nada”, conta a catadora de lixo, Maria Alice Costa.
Ainda segundo a Prefeitura de Belém, o órgão aguarda a lista e documentação necessária da Associação dos Catadores do Aurá (ASCA) para que o contrato de coleta seletiva com a associação possa ser efetivado.
Comissão das Famílias do Aurá
Cerca de dois mil catadores se uniram e criaram uma comissão para buscar ajuda. ”Com o fechamento do lixão , tinha que ter a sustentabilidade das famílias. Este Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) era destinado para essas comunidades. O Lixão fechou e nada foi cumprido”, diz a representante da comissão das famílias do Aurá, Lene Soares.
“Eu fico chateado por causa dessa situação. Agora que o lixo fechou vamos viver do que?”, questiona o catador José Moura.
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